O conceito de cultura comportou numerosas interpretações ao longo do tempo. Aqui, vamos considerá-lo sob dois aspectos diferentes: o sentido amplo, antropológico, e o sentido restrito. No sentido antropológico, somos todos seres culturais, produtores de obras materiais e de pensamento. No sentido restrito, o conceito diz respeito especificamente à produção das artes, das letras e de outras manifestações intelectuais.
Vale ressaltar que o termo “antropologia” origina-se da fusão das palavras gregas anthropos, “homem”, e lógos, “teoria”, “ciência”, e esse conceito refere-se tanto à ciência como à filosofia. A ciência da antropologia trata do estudo de diferentes culturas sob os mais diversos aspectos, como tipos físicos e biológicos, organizações sociais e políticas, o comportamento humano em sociedade, além de investigar culturas de diferentes épocas e locais. A antropologia filosófica, por sua vez, aborda temáticas como a possibilidade da definição de ser humano, o que o distingue de outras espécies, criaturas ou coisas, de que maneira ocorre o processo de tornar-se um ser cultural em suas variadas expressões, e algumas dessas temáticas vão ser abordadas neste capítulo.
A cultura exprime de maneira ampla as formas pelas quais se estabelecem relações de indivíduos e grupos entre si e com a natureza; por exemplo, como as pessoas constroem abrigos para se proteger das intempéries, inventam utensílios e instrumentos, organizam leis e instituições, definem o modo de se alimentar, casar, ter filhos, como criam – e transformam – a língua, a moral, a política, a estética, como concebem o sagrado ou se comportam diante da morte
O conceito de cultura
A partir do vídeo assistido, construa o conceito diferenciando cultura popular de cultura de massa.
DEBATE:
Qual a importância da diversidade cultural e como a globalização afeta as culturas locais.
Encontre a palavra correta na atividade ao lado.
O texto de Referência está no livro Didático, pg. 11 - Texto: "Quem é Você?"
Encontre a palavra correta na atividade ao lado.
O texto de Referência está no livro Didático, pg. 11 - Texto: "O comportamento animal"
Encontre a palavra correta na atividade ao lado.
O texto de Referência está no livro Didático, pg. 12 - Texto: "A Linguagem"
Encontre a palavra correta na atividade ao lado.
O texto de Referência está no livro Didático, pg. 13 e 14 - Texto: "Cultura, educação e diversidade"
Contextualização Histórica da Escola de Frankfurt
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A Escola de Frankfurt se originou em um contexto histórico particular, entre as duas guerras mundiais, um período de intensas transformações sociais, políticas e econômicas. Essa escola filosófica foi fundada dentro do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt, destacando-se por sua abordagem interdisciplinar, que combinava filosofia, sociologia, psicologia, e economia para compreender e criticar as mudanças na sociedade contemporânea.
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Fundadores e Principais Figuras
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Embora Theodor Adorno e Max Horkheimer sejam frequentemente citados como figuras centrais, a escola contou com contribuições significativas de outros pensadores, como Herbert Marcuse, Walter Benjamin e Erich Fromm. Cada um desses pensadores contribuiu com perspectivas únicas, enriquecendo o corpus teórico da Escola de Frankfurt.
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Crítica aos Regimes Totalitários e ao Capitalismo
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A Escola de Frankfurt é notável por sua crítica incisiva aos regimes totalitários de sua época, identificando tanto no fascismo quanto no stalinismo formas de opressão e controle autoritário. No entanto, a crítica não se limitou a esses regimes, estendendo-se ao capitalismo, que os pensadores da escola viam como um sistema igualmente capaz de comportamentos totalitários, através da sua lógica de mercado e da cultura de consumo.
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Análise Marxista e Influências Intelectuais
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Embora a escola adote uma perspectiva marxista, ela transcende o marxismo clássico, integrando insights de várias outras correntes filosóficas e sociais. O diálogo com obras de Nietzsche, Hegel e Max Weber permite uma análise mais rica e multifacetada do capitalismo e suas repercussões na vida social e cultural.
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Crítica da Razão e Emancipação
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A crítica da razão iluminista, realizada por Adorno e Horkheimer, aponta para uma contradição fundamental: enquanto a razão deveria servir como meio para a emancipação humana, frequentemente se tornou um instrumento de dominação. Eles argumentam que a racionalização da sociedade, longe de libertar os indivíduos, muitas vezes resulta em formas de controle mais sutis e abrangentes.
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Indústria Cultural e Suas Implicações
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A noção de indústria cultural introduzida por Horkheimer e Adorno é um dos conceitos mais influentes da Escola de Frankfurt. Essa ideia descreve como a cultura, uma vez criada e disseminada em massa por meio de indústrias, torna-se um veículo para a perpetuação de ideologias e a manutenção do status quo. O entretenimento massificado não apenas molda gostos e preferências, mas também atua como uma forma de controle, distraindo e pacificando as massas, limitando assim o potencial para a crítica e a mudança social.
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Reflexões Contemporâneas e Legado
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A influência da Escola de Frankfurt se estende até os dias atuais, oferecendo ferramentas críticas para analisar a sociedade contemporânea, especialmente no que diz respeito à relação entre cultura, economia e política. Suas reflexões sobre a razão, a emancipação, o consumismo e a cultura de massa continuam relevantes para entendermos os desafios da atualidade.
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Sobre o material que está no LIVRO DIDÁTICO (pg. 17 e 18)
Discutir o impacto da indústria cultural na sociedade atual, usando o texto como ponto de partida. Cada grupo pode se concentrar em um aspecto específico, como o efeito da indústria cultural na arte, na consciência crítica da sociedade, ou na autonomia artística.
A indústria cultural, conceito desenvolvido por Adorno e Horkheimer, refere-se à produção em massa de bens culturais que transforma a arte em mercadoria, promovendo a passividade e o consumo acrítico na sociedade. Essa transformação dilui o potencial crítico e emancipatório da arte, alinhando-a com os interesses do capitalismo e reforçando ideologias dominantes.
O pensamento mítico é por natureza uma explicação da realidade que não necessita de metodologia e rigor, enquanto que o logos caracteriza-se pela tentativa de dar resposta a esta mesma realidade, a partir de conceitos racionais.
Mas existe razão nos mitos? Não seria também a racionalidade, um mito moderno disfarçado?
Assim como na antiguidade, o mito estava a serviço dos interesses da aristocracia rural e, portanto, não interessava à aristocracia ateniense, surgindo assim o pensamento racional ligado à “polis”, no mundo contemporâneo, não estariam o pensamento tecnicista e a ciência, a serviço do capital e das elites que financiam a produção do conhecimento científico?
O homem moderno continua ainda a mover-se em direção a um valor que o apaixona e só posteriormente é que busca explicitá-lo pela razão.
Entende-se, pois, que o mito se manifesta por meio de elementos figurativos, enquanto que o logos utiliza-se de elementos racionais, portanto é preciso deixar bem claro que não se pretende aqui colocar o pensamento racional no mesmo plano do pensamento mítico, mas sim, que a partir de uma releitura percebemos que o Iluminismo não deu conta nem mesmo de realizar a tarefa de que se propôs: iluminar as trevas da ignorância; quanto mais dissolver os mitos e anular a imaginação.
Atualmente, podemos pensar filosoficamente em outros conceitos para o mito e um dos modos de entendê-lo é como fantasmagoria, ou seja, aquilo que a sociedade imagina de si mesma a partir de uma aparência que acredita ser a realidade.
Como exemplo disto, temos a ideia mítica de progresso, pois é aquilo que nos move e que alimenta todas as nossas ações, mas que, na realidade não se concretiza.
A Sociedade Moderna não progride no sentido que tudo o que é novo é absorvido para a manutenção e ampliação das estruturas do Sistema Capitalista, assim, o progresso apresenta-se como um Mito, pois alimenta o nosso imaginário.
Para Boaventura (2003), todo conhecimento científico é socialmente construído, e o rigor da ciência tem limites inultrapassáveis e sua pretensa objetividade não implica em neutralidade.
Daí, o resultado de acreditar que a ciência leva ao progresso, e que o progresso e a história são de alguma forma, linear, pode ser considerado como Mito Moderno da Cientificidade.
Quando, ao procurarmos analisar a situação nas ciências no seu conjunto, olhamos para o passado, a primeira imagem é talvez a de que os progressos científicos dos últimos 30 anos são de uma ordem espetacular, e os séculos que nos precederam não se aproximam em complexidade.
Então, juntamente com Jean Jacques Rousseau (1712-1778) questiona-se: O progresso das ciências e das artes contribuirão para purificar ou para corromper os nossos costumes? Há uma relação entre ciência e virtude? Há uma razão de peso para substituirmos o conhecimento vulgar pelo conhecimento científico? Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
Identificar e apresentar um exemplo de mito ou crença em diferentes culturas, incluindo sua origem, propósito e influência na sociedade.
O que foi estudado, trata sobre a importância das crenças em diversas áreas da vida humana, não se limitando apenas ao aspecto religioso. Aborda-se como essas crenças moldam a visão de mundo, a moral e a ciência, enfatizando a necessidade de respeito e diálogo entre as diferentes perspectivas. Além disso, analisa-se o papel dos mitos nas sociedades, evidenciando que, mesmo em contextos modernos, eles continuam influenciando comportamentos e tradições culturais.
1 - Leitura coletiva pg. 23
2 - Leitura e vídeo (dupla) pg. 24-25)
3 - Atividade sobre o vídeo
4 - Debate em aula
5 - KahootAula 1 - Recuperação:
Aula 2 - O Problema do mal
Leitura do texto proposto no livro;
- Jogo "Termo".